Fantasia inconsciente
- Paulo Desarel
- 7 de out.
- 2 min de leitura
Na teoria kleiniana, as fantasias inconscientes fundamentam todos os processos mentais e acompanham toda a atividade mental. Elas são a representação mental dos eventos somáticos no corpo que compõem os instintos e são sensações físicas interpretadas como relações com objetos que as causam. A fantasia é a expressão mental de impulsos libidinais e agressivos, bem como de mecanismos de defesa contra esses impulsos. Grande parte da atividade terapêutica da psicanálise pode ser descrita como uma tentativa de converter fantasias inconscientes em pensamento consciente.
O que Freud Pensa?
Freud introduziu o conceito de fantasia inconsciente e fantasiar, que ele considerava uma capacidade herdada filogeneticamente da mente humana. Klein adotou sua ideia de fantasia inconsciente, mas a ampliou consideravelmente, pois seu trabalho com crianças lhe proporcionou vasta experiência no amplo conteúdo das fantasias infantis. Ela e seus sucessores enfatizaram que as fantasias interagem reciprocamente com a experiência para formar as características intelectuais e emocionais em desenvolvimento do indivíduo; as fantasias são consideradas uma capacidade básica subjacente e que molda o pensamento, o sonho, os sintomas e os padrões de defesa.

Visão Neurológica...
Em uma visão neurológica, fantasia paranoica e de rejeição não são diagnósticos, mas manifestações psicológicas que podem ser correlacionadas a disfunções cerebrais específicas, emboraEm uma visão neurológica, fantasia paranoica e de rejeição não são diagnósticos, mas manifestações psicológicas que podem ser correlacionadas a disfunções cerebrais específicas, embora não existam evidências neurológicas diretas que as expliquem isoladamente, segundo Psicanálise Clínica e YouTube. A neurologia se concentra no funcionamento físico do cérebro, enquanto a fantasia paranoica e de rejeição são conceitos psicológicos, com a fantasia paranoica sendo um pensamento distorcido, e a fantasia de rejeição uma interpretação de eventos insignificantes como desaprovação social.
Visão da Psicanálise e Psicologia
Fantasia paranoica: Caracteriza-se por um pensamento delirante e sistemático sobre uma ideia ruim, mas sem alucinações, segundo Psicanálise Clínica. O indivíduo cria uma lógica interna para sustentar essa ideia, muitas vezes baseada em traumas passados, o que o leva a buscar ativamente "encenar" o trauma de forma inconsciente.
Fantasia de rejeição: É a interpretação de eventos banais como sinais de que está sendo rejeitado. Para evitar essa rejeição, a pessoa pode se tornar excessivamente agradável, gerando sofrimento e transformando sua vida em um sacrifício, de acordo com a Psicanálise Clínica e YouTube.
Origem na infância: Essas fantasias muitas vezes estão relacionadas a traumas infantis, que são reorganizados e reconstruídos pela mente para lidar com a realidade psíquica, conforme o YouTube e o Instituto Suassuna.
Neurologia vs. Fantasia
Diferença conceitual: A neurologia lida com a estrutura e funcionamento físico do cérebro, enquanto a fantasia é um conceito da psicanálise sobre o mundo psíquico e inconsciente. Não há um "diagnóstico neurológico" para "fantasia", mas sim um entendimento de que o funcionamento cerebral pode afetar o comportamento e a percepção que se tem do mundo.
Impacto do cérebro: A neurociência do marketing, por exemplo, estuda como o cérebro interpreta a rejeição, e isso pode levar o indivíduo a buscar produtos para se sentir parte de um grupo. No entanto, essa interpretação não é sinônimo de uma doença neurológica, mas sim um mecanismo de comportamento.



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